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05/06/2017

Vitamina D

Fonte: Jornal Estado de Minas

Muito se tem falado sobre os males que a falta de vitamina D pode causar ao organismo. Adriano Basques, gerente técnico de laboratório, diz que a hipovitaminose D é um problema de saúde pública. Há muitos anos, a necessidade dela era associada apenas à manutenção de dentes e ossos saudáveis. Mas, sabe-se hoje que a vitamina D é essencial ao organismo, especialmente devido ao potencial de prevenção de diversas doenças e sua função na absorção de cálcio. No entanto, diversos fatores contribuem para o crescente número de casos de carência de vitamina D, entre eles a baixa exposição do corpo humano ao sol, uma vez que grande parte das pessoas trabalham em ambientes fechados, e a falta de informação sobre os males causados por sua deficiência. Para se saber os níveis de vitamina D, é necessário fazer um exame de sangue.

José Gilberto Vieira, médico do Serviço de Doenças Osteometabólicas da EPM/Unifesp, indica os sinais para reconhecer a falta de vitamina D no organismo: fraqueza muscular, depressão, asma, gripe e doenças respiratórias, enfraquecimento dos ossos, doenças cardiovasculares e até câncer. “A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo por meio da pele, estimulada pela exposição moderada ao sol. A Sociedade de Endocrinologia recomenda que pessoas com risco de deficiência de vitamina D sejam examinadas com frequência para determinar o nível do nutriente no sangue. E o especialista é quem vai determinar o melhor tratamento para cada caso”, explica.

O clínico geral Breno Figueiredo Gomes esclarece que a vitamina D é fundamental na absorção do cálcio no organismo. Sendo assim, a estrutura óssea é diretamente ligada a esta. “Além da ação musculoesquelética, exerce influência sobre o sistema imune e cardiovascular. A falta de vitamina D pode causar problemas como osteoporose, aumento do risco de quedas, devido à fraqueza muscular, e fraturas. Por outro lado, o excesso pode elevar o nível de cálcio no sangue, levando à fraqueza, confusão mental, náuseas, vômitos, perda de apetite e ao aumento na excreção de cálcio urinário. O excesso de exposição ao sol não leva a uma produção excessiva de vitamina D. A sociedade científica vem discutindo bastante as indicações para a dosagem e reposição de vitamina D, com inúmeras controvérsias.”

Breno explica que a vitamina D é conseguida por meio da dieta (leite, suco de laranja, salmão e óleo de fígado de bacalhau, entre outros) e da síntese da nossa pele a partir da exposição à luz solar. “Atualmente, inúmeros produtos, como cereais, leites e iogurtes, têm adição de vitamina D. Hoje, todo mundo está dosando a vitamina D no sangue, porém a indicação é apenas para as pessoas com risco de deficiência, ou seja, aquelas sem exposição alguma ao sol, portadoras de doença celíaca, pessoas com osteoporose e aquelas com fraturas após quedas simples. Caso a pessoa não se enquadre em nenhuma dessas indicações, a dosagem se torna desnecessária. A sociedade científica vem discutindo bastante as indicações para dosagem e reposição de vitamina D, com inúmeras controvérsias.” 

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